A longevidade tornou-se não apenas um dado demográfico, mas um fenómeno social que reconfigura os contornos do trabalho, da aprendizagem e da realização pessoal. No entanto, há uma dissonância entre esta nova realidade e a forma como as organizações continuam a ver — ou a não ver — a faixa etária acima dos 50 anos.
"Persistem preconceitos enraizados que associam a idade à obsolescência, à rigidez ou à desadequação, esquecendo-se que o tempo passou também para os estereótipos e que o mundo do trabalho de hoje já não é o de outros tempos."
"Os profissionais com mais de 50 anos são, muitas vezes, tratados como estando na curva descendente e não têm função utilidade. No entanto, a verdade é que este grupo representa uma reserva de valor imensa, subaproveitada e pronta a ser mobilizada. São homens e mulheres que cresceram com a transição tecnológica, que se adaptaram às ferramentas digitais, que testemunharam (e participaram ativamente) na transformação das organizações. Esta não é uma geração desligada do presente — é, pelo contrário, uma geração que já o integra há décadas. A sua experiência não é um peso, é um ativo. Passaram por crises económicas, mudanças organizacionais, choques de cultura empresarial e reinventaram-se vezes sem conta. São resilientes, por natureza, e consistentes, via experiência." afirma José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education
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