A falha é sistémica: Médicos temos. Gestão é que não!

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Portugal discute saúde como quem discute futebol: todos opinam, todos sabem, todos reclamam, todos vêm à televisão e à rádio falar sobre saúde.

"Mas, quando tiramos o ruído da equação, há uma verdade simples e dolorosa: não estamos a falhar por falta de profissionais (nomeadamente médicos); estamos a falhar clamorosamente por falta de gestão. E, enquanto não assumirmos isto com coragem, continuaremos a insistir num modelo que mascara problemas estruturais com soluções cosméticas."

"Os profissionais clínicos (e os médicos) são essenciais, parece óbvio. Mas não se pode pedir a quem salva as nossas vidas e trata de nós que, ao mesmo tempo, desenhe processos, otimize fluxos, faça planeamento de capacidade, negoceie com fornecedores, redesenhe cadeias de abastecimento, implemente sistemas de informação, motive equipas, analise dados, crie modelos de previsão, estude impactos financeiros e, no fim do dia, ainda sorria para cada paciente. Há profissões e competências para isso. Chama-se gestão e, Portugal, ainda não a colocou no centro do sistema." afirma José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education

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