Quando o silêncio é teu

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Há um momento em que o barulho das reuniões, das ideias, das urgências e das opiniões se cala. E ficas tu, diante das tuas próprias decisões. É o instante em que percebes que, por mais que partilhes, delegues ou oiças, há sempre uma parte da liderança que ninguém pode viver por ti.

"Sim, ganhas com equipas — e só com boas equipas. Sim, ganhas com pessoas chave. Boas pessoas. São elas que dão forma às tuas ideias, que te contrariam, e bem, mas sobretudo que te completam. No fim, quando tudo parece resolvido, sobra sempre um resto que é só teu: a responsabilidade. É esse o peso invisível que distingue quem lidera de quem te acompanha."

"A solidão da liderança não é ausência de pessoas. Nem tão pouco de equipas. É a ausência de partilha do absolutamente essencial. Podes estar rodeado de talento, mas há decisões que não se explicam, há dúvidas que não se verbalizam, há medos que não se confessam. É o preço de estar à frente."

"O curioso é que ninguém te fala disto quando te dizem que tens perfil de líder. Ou te incentivam a avançar. Falam-te da visão, da estratégia, da motivação, da comunicação — mas não te avisam que há dias em que vais olhar à volta e perceber que o apoio dos outros não apaga a solidão que vem com a liderança."

"Essa solidão, se a souberes escutar, não é tua inimiga. É o espaço onde aprendes a decidir com calma, a ganhar distância do ruído, a perceber o que importa realmente. É nela que se depura o ego, e se gere para desaparecer em prol dos resultados. É dessa solidão que nasce, também, a clareza. E até a tua libertação, se souberes usar essa clareza, que te dará melhores hipóteses de fazeres melhor e conseguires mais resultados." reforça José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education

 

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