Bora lá pensar e construir Portugal porque estamos mesmo fartos disto!

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Não há, nem tem havido, uma vontade de consensualização, da esquerda ou da direita, uma vontade genuína de fazer diferente e de olhar o futuro, e não apenas o curto prazo e os interesses pessoais.

Há uma série de fatores históricos, económicos e culturais que contribuem para o atraso de Portugal em relação a outras nações europeias e globais. Desde logo esta permanente incapacidade para estabelecer um mínimo de consensos que importam a todos os portugueses – e os beneficiariam –  e que são o esteio para uma visão coletiva – que não existe –  e para uma estratégia transversal feita de pontos comuns – e que também não existe.

A par com esta incapacidade há uma lógica apenas de curto prazo pelo que nunca ninguém consegue sucesso sustentável sem o longo prazo, a paciência, o investimento e, finalmente, o expectável retorno. A mudança de projetos e de prioridades e de critérios, como se um projeto estruturante como é o de Portugal, pudesse ser tratado com a mesma facilidade com que se troca de camisa todos os  dias, conduz apenas a exemplos de verdadeiro horror: como pode um aeroporto demorar mais de 50 anos a saber o seu futuro local? Nem é a ser construído. É mesmo a saber o seu local!, salienta José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education

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