O mundo está a redesenhar-se, emergem novas oportunidades e o apelo à internacionalização assume a urgência das urgências.
A aceleração e a mudança, ela própria acelerada, não são apenas sinais dos tempos. São o normal. E não são o novo normal, mas simplesmente o normal. Falar deles é até redundante. A adaptação deixou de ser uma vantagem competitiva para se tornar uma condição de sobrevivência. A pequenez do mercado interno, a resiliência, a inovação, a colaboração, entre outros, são fatores a ter em consideração quando se vai para fora. E ir mesmo para fora. E assumir riscos pois o risco faz parte da vida de todos nós.
Foi neste contexto que surgiu a obra 71 Vozes pela Internacionalização, uma obra coletiva acabada de lançar pelo Iscte Executive Education e pela LeYa, reunindo testemunhos, reflexões e perspetivas de líderes empresariais, académicos, gestores, diplomatas e empreendedores que reconhecem, cada um à sua maneira, a urgência e a inevitabilidade de pensarmos para lá das nossas fronteiras.
Este livro não é apenas uma coletânea de vozes — é um apelo, um manifesto claro para que Portugal se reinvente através da sua ligação ao mundo. Enquanto país de pequena dimensão, com uma economia aberta e vulnerável a choques externos, Portugal tem historicamente oscilado entre períodos de ousadia e períodos de retração. Mas o tempo para hesitações não é este. A internacionalização já não é uma opção estratégica — é uma imposição económica. E é uma imposição que poderá conduzir ao sucesso mas que será, indubitavelmente, uma necessidade para a sobrevivência. Crescer com o mercado que temos? Tem de ser fora de portas.
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