"O financiamento do ensino superior vive um paradoxo preocupante e cada vez mais visível. Se, por um lado, reconhecemos nas universidades um papel central no desenvolvimento económico, cultural e científico de um país, por outro, assistimos à sua suborçamentação reiterada, à estagnação de receitas próprias e à dependência de modelos públicos de financiamento que já não respondem à complexidade atual. Se atentarmos, igualmente, à forma como qualquer força política se refere ao ensino superior público, há apenas um vazio confrangedor generalizado."
"O financiamento do ensino superior precisa, por isso, de uma mudança total de paradigma. Precisamos de deixar de ver as receitas próprias como um complemento menor e passarmos a encará-la como a espinha dorsal de um modelo sustentável. As universidades, a continuarem públicas, têm de agir com a agilidade e o foco estratégico de instituições que operam num mercado competitivo e exigente e debaixo de um quadro muito mais próximo de parcerias público-privadas do que de universidades totalmente públicas." salienta José Crespo de Carvalho, presidente do Iscte Executive Education.
- Consulte o artigo completo no Jornal de Negócios